Operação Valquíria

O nazismo foi um dos grandes imbróglios no qual a humanidade se envolveu no século passado. Tem gente, no entanto, que acredita que todo e qualquer alemão daquela época apoiava a suposta superioridade da raça ariana e o anti-semitismo, dentre outros dogmas que o “nacional socialismo” pregava.

Não é verdade. Embora a máquina de propaganda de Hitler, encabeçada por Goebbels, fosse poderosa e tivesse convencido grande parte do povo alemão de que aquela doutrina era correta, o que não faltam são histórias de alemães que ajudaram judeus, dentre outras minorias, a sobreviverem frente à possibilidade de serem executados ou enviados ao campo de concentração.
Uma das pessoas que mudou de “lado” durante a guerra foi o coronel nazista Claus Von Stauffenberg, interpretado pelo astro Tom Cruise em “Operação Valquíria”. Depois de ter uma mão e um olho amputados e perder dois dedos da outra mão, ele volta para a central burocrática das forças armadas pronto para dar um golpe.
Sua intenção é simples porém absolutamente complexa: matar Adolf Hitler e acionar a Operação Valquíria (do título do filme), que consistia no exército reserva depor os líderes da SS. Junto a outros homens que juravam defender a Alemanha acima de tudo, Stauffenberg arquitetou um plano para o assassinato. Segundo esse grupo de pessoas, não poderia haver uma nova Alemanha se o führer estivesse no comando.
O filme “Operação Valquíria”, que começa mostrando o coronel no campo de batalha, passa a narrar os planos para a morte de Hitler, com enorme cuidado para as locações, a caracterização e os equipamentos da época. Até a tonalidade do filme impressiona, porque durante todo o tempo passeia pelo cinza, mas sempre que o vermelho da bandeira do Terceiro Reich aparece, está tão vívido que causa arrepios.
Seu final é óbvio, já que é baseado em fatos reais. Adolf Hitler sobrevive ao atentado e manda prender os envolvidos no golpe. No entanto, sua ordem (tida como suprema) é sobreposta pela de um general, que manda matar a todos. Depois de alguns meses, esse mesmo general é executado.
A história é muito bem contada, mas falta ação à narrativa. Stauffenberg poderia ser mais explosivo, demonstrando mais raiva pelo sistema nazista e por seu líder. Cenas de suspense também são poucas, mas convencem.
Uma coisa que não agrada em “Operação Valquíria”, no entanto, é o Adolf Hitler que eles retratam. Embora seja esteticamente parecido, com o já tradicional bigode e a estatura diminuta, David Bamber não se sai muito bem. Desde que assisti a “Der Untergang” (A Queda! As últimas horas de Hitler), não consigo aceitar outra pessoa interpretando Hitler que não seja Bruno Ganz. Também não me agrada a ideia de um filme que retrate a Alemanha de Hitler sem ser em alemão.
É um bom filme, que vale a pena ser assistido. Mais pelo cunho histórico, fidedigno ao que realmente aconteceu, que pelo caráter de ser filme de ação, já que ele passa longe de ser uma produção que empolga.

Resenha de Thássius Veloso. Disponível em http://memoriasfracas.com/resenha-operacao-valquiria/

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