Jogos Mortais - O Final

Depois de Jogos Mortais III e a morte de John Kramer, muitos deram a série como acabada e até pararam de assistir. Porém, é fato que o longa em questão deixou muitas pontas soltas e ganchos para histórias futuras. Já depois do sexto filme, eu particularmente senti que estava tudo fechado – e bem. Não conseguia imaginar para onde a história seria levada nesta sétima parte. Mas sabe que os criadores conseguiram fazer com que tudo seguisse normalmente, sem parecer forçado?
Em uma das resenhas de Jogos Mortais aqui no DELFOS, lembro que alguém fez um comentário dizendo que restava fechar a ponta solta do Dr. Gordon, a vítima que sobreviveu no primeiro filme. Bom, para mim, isso não era uma ponta solta: ele sobreviveu cortando a perna e escapou da armadilha. Mas se você também achava que faltava fechar a história do “dotô”, regozije-se ao saber que aqui vemos no que se tornou a sua vida depois de seu envolvimento com Jigsaw.
Mas o foco da história é mesmo no detetive Hoffman. Ele escapou da famosa reverse bear trap na qual foi colocado por Jill, a esposa de John, no final do sexto filme, e agora está bravo. Ele quer vingança. E Jill, por sua vez, está aterrorizada por estar sendo caçada pelo sujeito do biquinho sensual (ou que ele pelo menos parece acreditar que é sensual).
Paralelamente, está rolando mais um grande jogo, na linha do III ou do VI, em que o protagonista não está diretamente correndo perigo, mas tem que escolher se vai se sacrificar para salvar outras pessoas. E aí está o principal problema de Jogos Mortais – O Final.
Todos nós concordamos que a melhor parte da série sempre é o grande jogo que permeia cada um dos sete filmes. Porém, esses jogos são completamente independentes uns dos outros e o que amarra os longas é a história que rola por fora dos jogos. Talvez fosse a hora de parar de criar novos personagens só para matar nessas partes, ou então usar de vítimas os personagens já conhecidos. Por exemplo, pense naquela cena do sexto, do cara que decide quais serão os dois colegas que não vão levar um tiro de escopeta e imagine quão animal ela seria se eles não fossem vítimas genéricas, que apareceram antes apenas por alguns segundos, mas se você realmente se importasse com eles.
Assim, se você tirar os grandes jogos, que não têm importância para a história geral, sobra muito pouco tempo que realmente avança a história dos filmes. E isso porque os filmes já são bem curtos, com sua média de 90 minutos por ano.
Falta de desenvolvimento, aliás, foi o principal problema desta sétima parte. Eu realmente gosto do caminho pelo qual a história caminhou. É legal ver o impacto do “trabalho” do Jigsaw no mundo e a formação dos grupos de apoio para vítimas de suas armadilhas. E quer oportunidade melhor para trazer os sobreviventes dos outros filmes? Mas não, a equipe preferiu trazer gente nova, que não foi citada antes, apenas para justificar mais cenas de armadilhas em flashback.
Assim, a sensação foi mais ou menos a mesma que tive ao assistir à última temporada de Lost. A saber: caramba, vamos parar com esses flashbacks inúteis e falar do que interessa!
Além da repetição de fórmulas dos outros filmes, outras coisas me incomodaram até mais e me obrigaram a diminuir a nota. Afinal, convenhamos que colocar cenas que “são apenas um sonho” é o maior sinal de desrespeito que uma obra pode ter para com o seu público.
Resenha de  Carlos Eduardo Corrales  disponível em http://www.delfos.jor.br/conteudos/index_interna.php?id=8577&id_secao=1&id_subsecao=2
 
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